Garajau-rosado
Ficha Técnica
Espécie Marinha
Laridae
Sterna dougallii
Roseate Tern
Fenologia no ContinenteMigrador de passagem
Fenologia na MadeiraEstival reprodutor e migrador de passagem
Fenologia nos AçoresEstival reprodutor e migrador de passagem
Frequência de ocorrência
Continente
Madeira
Açores
Mapa de Distribuição
Apresentação
Distribuição, movimentos e fenologia
O garajau-rosado nidifica de forma descontinuada numa área ampla dos oceanos Atlântico, Índico e Pacífico[5]. Em Portugal, a espécie nidifica no arquipélago dos Açores, e de forma residual na ilha da Madeira, estando ausente durante o inverno. A maioria dos reprodutores europeus, incluindo as aves dos Açores, inverna ao longo da costa ocidental africana[5]. Contudo, também existem recapturas de aves açorianas na América do Sul e do Norte[6]. A reprodução da espécie decorre entre abril e julho, época em que esta se encontra presente em maior número em águas açorianas, principalmente nas proximidades das colónias de reprodução. A migração para os territórios de invernada decorre principalmente em agosto, diminuindo o fluxo de aves ao longo do mês de setembro. A espécie é extremamente rara junto ao território continental, sendo pouco percetível a passagem migratória das aves que nidificam mais a norte na Europa.
Abundância e evolução populacional
Na Madeira a nidificação é irregular tendo sido recentemente confirmada, de 2011 a 2014, num ilhéu em frente à zona hoteleira a oeste do porto do Funchal[14][4]. Em 1982 a espécie nidificava na Selvagem Pequena e no ilhéu de Fora[13], não tendo sido confirmada a nidificação nestes locais em anos recentes[4]. Nos Açores, estimativas de 2009 referem uma população de 1198 casais, o que poderá representar cerca de 50% da população nidificante na Europa[15]. Este garajau nidifica em todas as ilhas, sendo mais abundante nas Flores, na Graciosa, na Terceira e em Santa Maria[6]. Neste arquipélago, a população tem vindo a ser recenseada desde 1989, e não obstante elevadas flutuações interanuais, encontra-se estável[10].
Ecologia e habitat
Durante a época reprodutora alimenta-se nas imediações das colónias, onde procura pequenos peixes pelágicos e mesopelágicos, tanto em águas calmas e baías abrigadas, como em zonas mais expostas e oceânicas, podendo formar bandos mistos com o garajau-comum[12][9].
Ameaças e conservação
As principais ameaças para esta espécie no nosso território são a degradação do habitat (devido à presença de plantas exóticas invasoras), a perturbação das colónias por ação humana, a predação por espécies autóctones, nomeadamente gaivotas e estorninhos, e por mamíferos introduzidos[8][3][1][11]. As prioridades de conservação incluem a erradicação de mamíferos introduzidos[1], o restauro e a gestão eficaz dos habitats naturais nas áreas de nidificação[2], bem como a monitorização contínua das populações nidificantes.
Galeria
Referências
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Amaral J, Almeida S, Sequeira M & Neves VC (2010). Black rat Rattus rattus eradication by trapping allows recovery of breeding roseate tern Sterna dougallii and common tern S. hirundo populations on Feno islet, the Azores, Portugal. Conservation Evidence 7:16-20
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Bried J, Magalhães MC, Bolton M, Neves VC, Bell E, Pereira JC, Aguiar L, Monteiro LR & Santos RS (2009a). Seabird habitat restoration on Praia Islet, Azores archipelago. Ecological Restoration, 27(1): 27-36
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Cabral MJ (coord.), Almeida J, Almeida PR, Dellinger T, Ferrand de Almeida N, Oliveira ME, Palmeirim JM, Queiroz AI, L Rogado L & Santos-Reis M (eds.) (2005). Livro Vermelho dos Vertebrados de Portugal. Instituto da Conservação da Natureza, Lisboa
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Catry P, Geraldes P, Pio JP & Almeida A (2010b). Aves marinhas da Selvagem Pequena e do Ilhéu de Fora: censos e notas, com destaque para a dieta da gaivota-de-patas-amarelas. Airo 20: 29-35
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Neves VC, Murdoch N & Furness RW (2006). Population status and diet of the Yellow-legged Gull in the Azores. Arquipélago - Life and Marine Sciences 23 (A): 59-73
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Neves VC, Panagiotakopoulos S & Ratcliffe N (2011b). Predation on roseate tern eggs by European starlings in the Azores. Arquipelago - Life and Marine Sciences 28: 15-23
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Ramos JA, Solá E, Monteiro LR & Ratcliffe N (1998). Prey delivered to roseate tern chicks in the Azores. Journal of Field Ornithology 69: 419-429
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Roux F (1983). Présence et reproduction de Laridés nouveaux aux îles Salvages. L’Oiseau et la R.F.O. 53: 291-292
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Equipa Atlas (2013). Atlas das Aves do Arquipélago da Madeira.
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Neves VC (2010). Garajau-rosado.